REUNIÃO 09 – Curso “Espiritismo e Teoria Social”

Bom dia!
A sala da nova reunião está aberta, e para acessá-la é só clicar no botão azul abaixo.
A reunião será das 9:00 às 11:00 (horário de Brasília) e acontecerá através da plataforma ZOOM.

* se você tiver dificuldades de acesso, mande uma mensagem para um dos administradores do grupo do whatsapp (lado direito superior nos 3 pontinhos, “Dados do grupo”, e “participantes”, clique em um dos administradores)  … assim que possível tentaremos te ajudar.


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Reunião de avaliação e troca de ideias para novas ações e estudos

Este é o objetivo do nono encontro do curso, um espaço aberto para discutirmos o que vem por aí!

Será no sábado 07 de agosto, das 9:00 às 10:30 (horário de Brasília).

>> A reunião será através do ZOOM e o link estará disponível aqui nesta página, a partir das 8:30 do sábado.


Indicados pelo prof. Luiz Signates, os temas que podem ser interessantes, aos quais estamos convidados a destacar, opinar ou solicitar aprofundamento futuro (quem sabe até um novo curso!):

  1. Identidade espiritual : O espiritismo trabalha com uma concepção essencialista de espírito, isto é, uma visão monádica e teológica de espírito como “unidade individual incorpórea” ou como “centelha  divina”. A ideia é superarmos essa concepção, em direção a uma noção social do espírito como self, isto é, como um construto com características simbólicas e relacionais, produto de sua trajetória histórica e demarcado pelas características contextuais do(s) mundo(s) em que vive sua interexistencialidade. O espírito é, pois, uma autoconstrução e, como tal, concebida como self (imagem de si), cuja materialidade está na intercorporeidade que lhe é constitutiva, sendo isso o que possibilita uma identidade múltipla – histórica, porque expandida nas inúmeras reencarnações; social, porquanto articulada com a cultura onde vive; e, também, mediúnica, porquanto pode revelar-se a partir da revivescência da memória das existências anteriores, em que experienciou diferentes corporeidades.
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  2. Ética espiritual-alteritária do poder : Desenvolvimento de um juízo ético de caráter político orientado para a consolidação da democracia como um valor universal de caráter espiritual. O reconhecimento do espírito como um self de possíveis identidades múltiplas pode se converter num descabido elogio da fragmentação identitária, se permitirmos o retorno indesejável a uma concepção individualista do espírito. Para evitar isso, a noção multi-identitária do espírito deve ser politicamente construída, num quadro ético espiritual que perceba a diferença do outro como um direito e um apelo ao respeito, ao diálogo e à paz. Em outras palavras, precisamos de que a definição do poder como capacidade de anular o outro ou de impor assimetrias egoístas seja desafiado pela exigência de que a diferença do outro institui a ética da vedação à sua anulação. Assim, diante da alteridade do outro, importa reconhecer o direito à diferença, acolher a diferença como presença lícita e enriquecedora, dialogar e aprender com a diferença que o outro nos trouxer e, realização máxima do amor como política, confiar e entregar-se ao outro, ultrapassando a apatia, a antipatia ouno privado: até mesmo a simpatia, pela busca da empatia e do compartilhamento. Tais elementos não podem, contudo, ser para nós apenas exigências morais individuais, e sim, constituírem políticas de relacionamento e regras pragmáticas de ordenamento coletivo, isto é, constituem formas de relação típicas de contextos amplamente democráticos e fraternos.
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  3. Ética pragmática da fraternidade : Numa rápida análise socio-filosófica da questão da identidade no espiritismo, procura-se demonstrar que a vinculação do auto-reconhecimento espírita exclusiva ou principalmente a conteúdos de um sistema de crenças, por mais bem fundamentado, pode acabar efetuando rupturas nos parâmetros éticos do espiritismo, gerando, com isso, uma contradição própria das esferas religiosas tradicionais. Propõe-se, como alternativa, a vinculação prioritária da identidade espírita a parâmetros éticos que possam, num quadro de emergência pós-metafísica da filosofia social, ser garantidos de forma universalista. Nesse sentido, defende-se que a opção mais viável na atualidade é a adoção de uma concepção procedimental da fraternidade, em termos de uma ética alteritária (texto publicado, disponível no link: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/S_autores/SIGNATES_Luiz_tit_Fraternidade_como_paradigma_da_identidade_espirita.htm)
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  4. Aprofundamento da noção relacional e política de mediunidade : Desenvolvimento de uma concepção da mediunidade numa perspectiva da experiência vivencial intersubjetiva, com graves consequências sociais e políticas, que podem ser sintetizadas numa articulação entre três sentidos fundamentais: (1) uma dialética da invenção do self, como identidade múltipla; (2) uma perspectiva da cotidianização da experiência mediúnica, percebida como direito pleno de acesso ao espiritual; e (3) uma percepção da atividade mediúnica como política de grupos do mundo espiritual que, no espiritismo tradicional, parece ter servido à institucionalização da hegemonia desse grupo sobre o movimento no Brasil. Parece ser sugestivo que providências como a proibição da evocação, a ritualização privatista da mediunidade e os critérios teológico-morais de distinção e hierarquização dos espíritos em superiores e inferiores serviram com sucesso à instauração e a manutenção de uma política de hegemonia do poder dos espíritos espíritas religiosos sobre o espiritismo brasileiro. Nesse quadro, uma enorme diversidade de estudos e pesquisas podem ser desenvolvidos, como os estudos da dimensão dialética da dicotomia público/privado na mediunidade, investigando as relações das relações com o mundo espiritual ante o direito à intimidade, a vivência da sexualidade, a formação de grupos sociais, a solução de conflitos sociais e políticos, e, claro, sem deixar de citar o enfoque pelo qual Kardec se interessou, o da relação da mediunidade com a produção intelectual.
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  5. Estudo da reencarnação em perspectiva decolonial : Parâmetros decoloniais podem ser aplicados a uma visão dos processos reencarnatórios, no que respeitam à permanência ou às transições étnicas dos espíritos, na medida em que possam libertar o pensamento espírita de uma apreensão punitivista do processo reencarnatório. É inaceitável pensar que alguém reencarne como negro, como gay ou como mulher (condições identitárias de vulnerabilidades num quadro de injustiça social e histórica) ou, pior ainda, como miserável (condição sócio-econômica de indignidade) com finalidades de ser humilhado, a fim de quitar supostos débitos reencarnatórios. Tal visão utilitária da reencarnação recobre de indiferença social e crueldade o estado de injustiça social e de negação de direitos e de cidadania espiritual, que torna essas identidades ou condições injustas e indesejáveis. Não deve jamais a reencarnação continuar a servir como justificação para o injustificável. Igualmente a hipótese das “migrações” deve ser pensada de modo decolonial. O imigrante reencarnatório deve ser acolhido e respeitado como cidadão espiritual em regime de universalidade de direitos e não como alguém que esteja sendo punido, por não ter atendido a supostos parâmetros evolutivos. A migração a outros eventuais planetas habitados só pode ser admitida em condições de aceitação mútua, de forma democrática, por razões de solidariedade política espiritual, jamais como degredo. A noção de degredo é colonial, indigna e inaceitável, nos parâmetros da racionalidade da fraternidade como traço de desenvolvimento social e político da espiritualidade.
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DIANTE DESSAS TEMÁTICAS ESBOÇADAS, PERGUNTA-LHE O PROFESSOR:

  • O que acha da abordagem que esbocei para cada um? Refutaria alguma, qualquer seja? Acrescentaria alguma ideia de desenvolvimento ou modificação?
  • Você teria outros temas que considere relevantes, para que possamos debater juntos?

 


ATENÇÃO

A partir desta última videoaula, o grupo de whatsapp “Espiritismo e Teoria Social” está aberto para que todos os participantes possam postar mensagens, com objetivo de troca de contatos, comentários, ideias, críticas, etc
A princípio, este grupo ficará ativo até final de agosto.
As informações sobre o curso (videoaulas, reuniões, avisos, etc) serão enviados sempre por e-mail e também para este grupo.
Bom proveito!

 



MULHERES ESPÍRITAS – divulgação de convite

Yolanda Polimeni (Recife) e Jacira Silva  (São Paulo), reuniram mais de cem mulheres espíritas de vários países; até agora: Argentina, Brasil, Venezuela, Espanha, Porto Rico, Estados Unidos e Portugal.
O nome desse grupo será definido na primeira assembleia que se realizará no próximo sábado, dia 07/08 às 15h (horário de Brasília), pela plataforma Zoom.
O objetivo é a enfática defesa dos direitos humanos, em especial dos direitos das mulheres. Uma voz a mais no âmbito internacional.
Alguns amigos homens se propuseram a colaborar, de forma que essa participação masculina também será discutida nesta assembleia.
Fica o convite a todas as mulheres deste grupo, indistintamente. Quem quiser saber mais pode chamar a Jacira Silva no privado: 011 993258730, ou jacira.jacjac@gmail.com



Mais sobre o curso: